Um grupo de 8 pesquisadores, sendo 5 do Instituto de Física da Universidade Federal de Goiás, identifica nanoestruturas magnéticas otimizadas para aplicação no combate ao câncer através de terapia potencialmente não-invasiva e altamente seletiva.
Em um estudo recém-publicado em "Nature - Scientific Reports", o grupo divulga resultados experimentais e teóricos caracterizando nanopartículas magnéticas sob campos magnéticos alternados como fonte de aquecimento. Uma das possíveis aplicações deste fenômeno é na terapia para eliminação de tecidos-alvo através de aquecimento local a temperaturas de 43 ºC a 46 ºC (hipertermia).
Analisando a formação espontânea de cadeias de partículas baseadas em ferrita e formulando um modelo teórico que inclui interação dipolar magnética entre as partículas, eles determinaram parâmetros influenciando e otimizando a eficiência do processo de aquecimento. Em particular o tamanho ideal das partículas para este tipo de aplicação resulta ser 30% menor do que a previsão anterior.
"Nossos resultados podem ter importantes aplicações para o tratamento do câncer e poderiam motivar novas estratégias para otimizar hipertermia magnética", dizem os cientistas.
O trabalho, cujo primeiro autor é Luis C. Branquinho, do Instituto de Física da Universidade Federal de Goiás, teve também participação de pesquisadores da Universidade de Brasília e da Universidade Federal do ABC, em Santo André, além de um participante da Escola de Medicina da Johns Hopkins University, nos Estados Unidos.
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