Orquestra radioativa

quinta-feira, 27 de outubro de 2011




Muito do que conhecemos a nossa volta emite, em variados níveis, energia radioativa. Pegue as bananas em sua cozinha, que são carregadas em potássio - que constroem a força muscular e fazer o seu coração saudável. E uma pequena fração desse mesmo produto químico emite radiação, assim como um forno de microondas e até mesmo seu próprio corpo. No entanto, a maioria das pessoas têm dificuldade em visualizar como tudo isso funciona.

É por isso que uma equipe de segurança nuclear na Suécia se uniu com o compositor Axel Boman e o
músico Kristofer Hagbard para criar a Orquestra Radioativa, um projeto ambicioso baseado nos movimentos reais de isótopos radioativos.

"Hoje, nós conhecemos 3.175 diferentes isótopos",
disse Georg Herlitz, que lidera o projeto, "cada um possui seu próprio padrão de decaimento. Pegamos a perda de energia de cada nível e traduzimos para Hertz, algo como um keV para duas freqüências".

O resultado é fenomenal. A orquestra é composta de uma interface online onde você pode criar suas próprias melodias que usam freqüências isotópica - e visualizar os decaimentos.


Herlitz dirige uma agência de publicidade chamada Kollektivet Livet Produktion na Suécia. Ele originalmente havia desenvolvido uma série de vídeos sobre radiação para uma equipe de segurança nuclear. Naquela época, Herlitz assistiu a uma palestra no KTH (Royal Institute of Technology) e aprendeu como isótopos  decaem e formam um padrão de energia.


Por ser um artista visual, Herlitz imediatamente pensou sobre música. Ele não está sozinho na visualização da ciência: Bjork fez recentemente um aplicativo para o iPhone que ajuda você a visualizar astronomia com música. E artistas como Daft Punk incorporou bips repetitivos que soam como assinaturas atômicas. No entanto, nenhuma música usou
freqüências isotópicas reais.

De acordo com a Herlitz, o projeto é apenas o começo. Ele vê o dia quando muitas das ciências duras - que procuram compreender o universo primitivo, a mudança climática, movimentos astronômicos e muito mais - serão visualizados através do uso de música, fotografia artística e outros meios.E a radiação, ao que parece, é apenas o começo.


Fonte: Foxnews.com 

Novo medicamento trata câncer de próstata com metástase



Os resultados de estudos de fase 3 (últimos antes de uma droga ser aprovada) foram apresentados no fim de semana no congresso da Sociedade Europeia de Oncologia, em Estocolmo (Suécia).
O remédio Alpharadin foi testado em 922 pacientes com metástase óssea. Dos pacientes com câncer de próstata, até 40% têm metástase. Em 90% dos casos, o tumor se espalha para os ossos, principalmente na coluna, na bacia e no fêmur. Isso gera muita dor e pode deixar os pacientes incapazes de realizarem suas atividades diárias.
“O problema é o diagnóstico tardio. Muitos pacientes ainda têm preconceito com o exame de toque retal”, afirma o oncologista André Murad, do HC da Universidade Federal de Minas Gerais e do Hospital Lifecenter, que participou do estudo.

Teste
O medicamento foi testado em 20 países, incluindo o Brasil. Seis centros médicos do país, entre eles o Hospital das Clínicas da USP e o Hospital do Câncer de Barretos, estavam envolvidos na pesquisa.
Os pacientes foram divididos em dois grupos: um deles tomava o remédio e o outro recebia placebo, sem que ninguém soubesse quem recebia o tratamento ativo.
Aqueles que tomaram o Alpharadin tiveram taxas de mortalidade 30% menores e uma sobrevida média de 14 meses, em comparação com 11 meses do outro grupo.
Como os resultados preliminares foram bons, o estudo foi interrompido para que os pacientes do grupo-placebo recebessem a droga.

Teleguiado
O remédio é um radiofármaco formado por partículas radioativas que têm afinidade pelas células ósseas -da mesma forma que o iodo radioativo tem preferência pela tireoide, por exemplo.
“Essas partículas se dirigem às células da metástase, depositam-se nelas e as destroem. É quase um míssil teleguiado”, compara Murad.
Segundo Gustavo Guimarães, chefe do setor de urologia do Hospital A.C. Camargo, outros radiofármacos causam diminuição de glóbulos brancos e de plaquetas, e não aumentam a sobrevida.
“Esse novo remédio é mais preciso, age milimetricamente nas células malignas.”
Marcos Dall’Oglio, professor da USP e chefe do departamento de uro-oncologia do HC, afirma que a droga pode adiar a quimioterapia, o que é importante no caso de pacientes idosos, que não suportam esse tratamento. A radioterapia comum também pode afetar os tecidos normais e a produção de sangue.
Os efeitos colaterais mais comuns, segundo o estudo, foram diarreia e náusea.
O aposentado Raimundo Nonato da Fonseca, 83, de Belo Horizonte, foi um dos voluntários da pesquisa e afirma não ter tido nenhuma reação adversa ao remédio.
“Por causa das dores, não caminhava. Hoje durmo melhor, como bastante bem e estou engordando. Graças a Deus me dei bem.”
A Bayer HealthCare Pharmaceuticals, que produz a droga, prevê seu lançamento no Brasil em 2013.

Tumor na próstata prejudica a vida sexual
Uma pesquisa no periódico “Jama” aponta que, entre os homens que tinham vida sexual satisfatória antes do câncer de próstata, menos da metade conseguiu ter ereções normais dois anos depois.
Os pesquisadores desenvolveram um modelo que prevê a função erétil dos pacientes. Dependendo da idade, do pré-tratamento para qualidade de vida sexual e do tamanho do câncer, a chance de ter função erétil pode variar entre 10% e 70%.
Segundo o oncologista Gustavo Guimarães, do Hospital A.C. Camargo, muitos critérios têm que ser avaliados para determinar se o paciente será tratado e de que forma.
O tratamento com mais efeitos a curto prazo é a remoção da próstata.
“O risco para a função erétil tem peso, mas, na hora do tratamento, avaliar o tamanho do tumor e as chances de cura são mais importantes.”

Curso: Educação continuada em PET/CT “hands on”

segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Entre 19 e 22 de janeiro de 2012, a SBMN promove Curso intensivo teórico-prático de PET/CT, utilizando programa gratuito, diretamente no computador. As vagas são limitadas. São apresentados desde os princípios de funcionamento de PET/CT e noções de anatomia em CT até aulas específicas de cada uma das principais indicações do exame (linfoma, câncer de pulmão, cólon, mama, melanoma etc), sempre com uma abordagem direta e objetiva, seguida de sessões práticas e interativas de interpretação de imagens e confecção de laudos de exames. Os interessados devem entrar em contado com a Sociedade pelo e-mail sbbmn@sbbmn.org.br

Fonte: SBBMN

Simpósio Contribuições Atuais da Medicina Nuclear no Manejo do Paciente Oncológico

No dia 3 de novembro de 2011, às 19h30, no Restaurante Dalí (Tryp Convention Brasil 21), em Brasília (DF), o Grupo Núcleos realiza o simpósio “Contribuições Atuais da Medicina Nuclear no Manejo do Paciente Oncológico”, um fórum de debate e o intercâmbio entre especialistas de diferentes áreas. À frente do encontro estará o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), Dr. Celso Darío Ramos, que abordará o papel da tecnologia nuclear na detecção, no estadiamento e no tratamento do câncer. Dirigido a Oncologistas, Cirurgiões Oncológicos, Cirurgiões de Cabeça e Pescoço, Mastologistas e Endocrinologistas, o simpósio tem vagas limitadas. A inscrição é gratuita e deve ser confirmada previamente com AthenaPromo, telefone (61) 3326.2066 ou pelo e-mail athenapromo@grupoathena.com.br.

Fonte: SBBMN

II Curso de Atualização Técnica em Medicina Nuclear

Neste ano, vacilei e perdi a inscrição, mas agora não perco por nada!

Nos dias 28 e 29 de janeiro de 2010, a SBMN realiza o II Curso de Atualização Técnica em Medicina Nuclear, dirigido a biomédicos, tecnólogos, físicos, farmacêuticos, biólogos e outros profissionais da saúde. Em breve, mais detalhes e abertura das inscrições.

Fonte: SBBMN

Radiation Boom

domingo, 23 de outubro de 2011
Artigos da série 'Radiation Boom', por Walt Bogdanich, publicados no NY Times examinam as questões decorrentes da utilização crescente de radiação para fins médicos e suas novas tecnologias.

Aplicativo para cardiologistas

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

The Appropriate Use Criteria (AUC) App. Esse aplicativo livre destina-se a ajudar a determinar se a cintilografia cardíaca é apropriado para seu paciente, com base num conjunto de critérios publicados conhecidos como Appropriate Use Criteria (AUC)1. Ao digitar as informações sobre o seu paciente, você verá em uma escala de 1 a 9, se a indicação do paciente é apropriada (7-9), incerta (4-6) ou imprópria (1-3).

O aplicativo funciona para androids, apples e para quem mora ainda em uma caverna não tem smartphone, funciona também online. Vale a pena dar uma olhada.



1. Hendel RC, et al. J Am Coll Cardiol. 2009;53:2201-2229.

Palestra: Use of RAI in DTC

Para inscrever-se, clique na imagem.

Abertas as inscrições para o mestrado stricto sensu em Radioproteção e Dosimetria

quinta-feira, 20 de outubro de 2011
As inscrições para o Processo Seletivo ao Mestrado em Radioproteção e Dosimetria, Turma 2012, estarão abertas durante o período de 17 de outubro a 02 de dezembro de 2011, de segunda a sexta-feira, nos horários de 09:00 h a 11:30 h e 14:00 a 16:30 h, na Secretaria de Pós-Graduação do IRD, Avenida Salvador Allende s/n, Recreio dos Bandeirantes - CEP 22780-160, Rio de Janeiro, telefone (021) 2173-2914.
O Edital do Processo Seletivo encontra-se aqui e na página da Pós-Graduação Stricto Sensu do IRD.
O Mestrado em Radioproteção e Dosimetria do Instituto de Radioproteção e Dosimetria possui conceito 5 da CAPES.

Exposição sobre Marie Curie

quarta-feira, 19 de outubro de 2011
 Reportagem do jornal O Globo online do dia 17/10/11

Primeira mulher a ganhar o Nobel - em 1911, há exatos cem anos - e a única pessoa a recebê-lo duas vezes em áreas científicas, em física e química, Marie Curie é tema de exposição que, com o apoio do Consulado-Geral da França, ocupa desde segunda-feira o Centro Cultural Light (Avenida Marechal Floriano, 168, no Centro). O diretor do Museu Marie Curie, em Paris, Renaud Huynh, que está no Rio para a abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e também para as comemorações do Ano Internacional da Química, conversou com O GLOBO sobre a pesquisadora. Marie Curie foi a responsável pela descoberta da radioatividade, o que levou ao desenvolvimento de exames de ultrassonografia a terapias para o tratamento do câncer. Na mostra, fotos da época, um documentário sobre a cientista e alguns vídeos.

O que a exposição e Marie Curie, uma cientista do início do século, têm a dizer para o Brasil atual?

RENAUD HUYNH: A exposição permite uma visão sobre a vida de Marie como pesquisadora e como mulher - uma questão que está sempre no centro dos debates. A mensagem importante é que é preciso ter prazer no ato de fazer ciência, apesar dos obstáculos.

Marie Curie é conhecida pelo grande público?
HUYNH: Ela é mais conhecida aqui do que na França. Talvez essa notoriedade se deva ao fato de ter visitado o Brasil pelo menos duas vezes: em 1911 e 1926. Não sei dizer a imagem que ela tem aqui, mas creio que seja a de alguém que buscou a ciência pura e desinteressada de ganho material. Ela foi integrante da Academia Brasileira de Ciências, mas não conseguiu ser eleita para o órgão semelhante da França. Perdeu por um voto, e não porque seu trabalho não era reconhecido, mas simplesmente por ser mulher.

Ela foi a primeira mulher a ganhar sozinha o Prêmio Nobel. Cem anos depois desse feito, a competição entre sexos na ciência ainda lhe parece desigual?
HUYNH: A posição delas melhorou bastante, mas ainda não é a ideal. Muitas, como no início do século, têm dificuldade de ver o trabalho reconhecido. Em 1903, a ideia era dar o Nobel apenas para o seu marido, Pierre Curie. A família teve que lutar para vê-la também laureada. Em 1995, o governo francês quis homenageá-la e transferiu seu corpo para o Panteão, onde são sepultadas as grandes personalidades de nosso país. Dessa vez, foi o Pierre que quase ficou de fora. Esse episódio mostra como nossa mentalidade está mudando.

Mesmo com o Nobel, a condição de estrangeira (Marie nasceu na Polônia) a fez ser vítima de preconceito?
HUYNH: Por volta de 1910, ela passou a ser perseguida pela imprensa nacionalista. Mas, com o início da 1ª Guerra Mundial, ela desenvolveu aparelhos portáteis de raio-X para os militares, o que a fez ganhar muita simpatia. Recentemente ela foi reconhecida, em uma votação popular na Polônia, como a mulher mais importante de todos os tempos daquele país. Acho que Marie não é polonesa nem francesa; é internacional.

O Instituto Curie, em Paris, tem como prioridade pesquisas relacionadas ao câncer?
HUYNH: Sim, especialmente os femininos: o câncer de útero e de mama. Mas diversificamos nossas atividades. Temos 3 mil pesquisadores de 70 nacionalidades. Somos o único centro de pesquisas europeu a usar um acelerador de partículas para radioterapia de tumores que não podem ser operados. Normalmente os centros de pesquisa não interagem com a ala hospitalar. Lá ambos estão juntos, o que permite um tratamento mais rápido.

O que Marie teria a dizer sobre acidentes nucleares como o de Fukushima?
HUYNH: Acho que ela diria que deve-se reforçar sempre a segurança. Pierre Curie, quando venceu o Nobel, disse que a radioatividade é como dinamite: pode ser muito útil ou destruidora. A Marie era muito cuidadosa com isso. Mas também tinha consciência dos benefícios que aquilo traria para a saúde - coisas bem mais importante do que uma queimadura na mão, por exemplo.

SNM 2012 Annual Meeting

terça-feira, 18 de outubro de 2011
 
 A reunião anual da SNM será realizada no Miami Beach Convention Center em Miami-Florida entre os dias 9 e 13 junho de 2012. Este fórum internacional mostrará casos de investigações científicas e de educação continuada, cursos na área de medicina nuclear, imagem molecular e terapia. A conferência reúne médicos, cientistas, diretores de programas, profissionais de laboratório, expositores, educadores, técnicos, tecnólogos e estudantes do mundo todo.
A chamada para envio de resumos já está aberta e assim permanecerá até o dia 6 de janeiro de 2012.

Workshop do IRD

Como parte das atividades da Pós-Graduação Lato-Sensu do IRD, entre os dias 7 e 11 de novembro, o Curso de pós-graduação em proteção radiológica e segurança de fontes radioativas - IRD/AIEA realizará o Workshop do IRD (clique aqui para ver o programa).
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no portal do Centro Regional de Ensino & Treinamento.

Mostra Ver Ciência

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Desde sua criação, em 1994, o Projeto VER CIÊNCIA tem como missão  promover a disseminação do conhecimento e da cultura científica, principalmente através da televisão e de outros meios de comunicação audiovisual.

Os programas de TV do Brasil e de de diversos países selecionados para as mostras anuais são exemplos de como a ciência e a tecnologia podem ser apresentadas ao grande público de forma compreensível, atraente e também como entretenimento cultural de qualidade.

São programas de diversos formatos, linguagens e estilos: desde  documentários e reportagens  a dramatizações ("docudramas") e programas voltados para o público infantojuvenil, que têm como objetivo comum informar e despertar o interesse do público por temas de ciência e tecnologia.

A busca de novos formatos, estilos e linguagens atraentes para o público é um desfio constante para os realizadores e comunicadores de ciência.  Uma tendência que se nota nos últimos anos, principalmente nas produções britânicas, é uma participação cada vez maior de cientistas jovens e carismáticos no papel de apresentadores de programas de televisão.

Em suas quase duas décadas de existência, as mostras Ver Ciência vêm acumulando um precioso acervo de séries e programas de TV do mundo inteiro, consolidando seu papel como referência nacional e internacional em Ciência na TV. 

Os vídeos que mais me interessaram, vão ser exibidos na Livraria da Travessa do Barrashopping ou do Leblon. A programação completa, você encontra aqui.

Estágio em Física Médica

sexta-feira, 7 de outubro de 2011
A empresa RAD, localizada em São Paulo, está abrindo processo de seleção para estudantes para atuação em física médica, em programa de estágio remunerado. Os interessados devem enviar CV para radime@uol.com.br.

Fonte: ABFM

Curso de biossegurança hospitalar online

terça-feira, 4 de outubro de 2011
ATUALIZAÇÃO: Não sou eu quem oferece este curso, apenas o divulguei. Para maiores informações acessem: http://biossegurancahospitalar.com/site/


Mais informações aqui.
Este curso tem por finalidade sensibilizar, informar e capacitar profissionais da área da saúde envolvidos na assistência, ensino e pesquisa, auxiliando-os na implantação de uma política adequada de Biossegurança em seu ambiente de trabalho, minimizando assim, os riscos para os seus pacientes, para todos os profissionais que ali trabalham e também para o meio ambiente.
Este curso é grátis e composto de 18 aulas. Cada aula com exposição de slides e seus respectivos áudios, e ainda, ao final de cada aula o aluno deverá se submeter à Verificação do Aprendizado. Este curso soma uma carga horária total de 40 horas/aula. Para aprovação neste curso, o aluno deverá obter nota igual ou superior a 8,0 em cada uma das verificações. Após aprovação em todas as verificações do aprendizado o aluno poderá imprimir o seu próprio certificado.

Canal da SBBMN no You Tube

Agora, os profissionais da Medicina Nuclear, de qualquer lugar do Brasil, podem assistir às palestras realizadas pela SBBMN em São Paulo gratuitamente, de forma simples e ágil. Basta acessar o site http://www.youtube.com/user/sbbmn. Os interessados podem assistir palestras sobre Planejamento Radioterápico e SPECT Cardíaco, com cerca de uma hora de duração, mas divididas em blocos de quinze minutos. A palestra sobre SPECT Cardíaco foi ministrada pelo Dr. Ernest Garcia e está totalmente em Inglês.

Software para detecção de plágios

sábado, 1 de outubro de 2011

A internet é o meio mais fácil para pesquisar e obter informações para trabalhos, mas o estudante não pode copiar e colar o que está disponível na rede. Não há um dado específico que identifique quantos trabalhos e artigos científicos são plagiados nas universidades do Brasil. Quando a ação é detectada cada universidade toma uma medida diferente em relação ao caso.
Mas hoje já existe um programa para as universidades detectarem o plágio. O nome do produto é "Turnitin" (“Entreguem-nos” — referindo-se aos trabalhos) da empresa Systems. Para ser usado, a instituição de Ensino Superior (IES) precisa ter um convênio com a empresa e pagar um custo médio de quatro dólares por estudante.
 
Feito isso cada professor cria uma pasta para a classe e os estudantes enviam seus documentos em formatos Word, PDF ou HTML. A partir do momento que o documento está na plataforma, o sistema avalia a originalidade deste.
 
A comparação é baseada em três tipos de conteúdo. O programa tem no banco de dados mais de 90.000 títulos, entre livros e revistas. Além da revisão feita com milhões de páginas na web e a coleção com mais de 130 milhões de trabalhos de outros estudantes do mundo inteiro.
 
Quando a análise é completada os parágrafos plagiados aparecem coloridos. O sistema também gera uma porcentagem do quão original é o texto, já que ele também mostra as fontes que o estudante usou para escrevê-lo.
 
Acho o programa bem interessante, mas concordo com o Dr. Langdon Winner (professor de Ciência Política no Departamento de Estudos de Ciência e Tecnologia na Rensselaer Polytechnic Institute, Troy, Nova Iorque) que escreveu este delicioso artigoos casos de plágio são perceptíveis quando há uma brusca mudança de estilo em um trabalho escrito por um estudante. De repente, o estilo do texto salta de um amador para um profissional experiente e tudo soa muito inexplicável, quando se conhece o aluno e suas limitações. Neste caso, acho mais vantajoso agendar uma conversa com o aluno, onde são apresentadas as suspeitas e pede-se explicações. Desse ponto em diante uma conversa pode acontecer, tratando dos usos do conhecimento e dos propósitos da educação. Em comparação, o programa TurnItIn simplesmente diz: “Te peguei!”.

Fontes:  


P.S.: Acabo de descobrir que, com o novo acordo ortográfico, o 'c' da palavra detecção, não cai. Somente foram abolidos o 'c' e 'p' mudos, ou seja, aqueles que já não eram pronunciados (como exemplo, temos a palavra veredicto, que sempre foi pronunciada como veredito). Minhas desculpas a todos que corrigi neste sentido.


Feito com ♥ por Lariz Santana