Depois de estudar medicina em Hannover, na Alemanha, e fazer pós-graduação em Harvard, nos Estados Unidos, o alemão Ljad Madisch abandonou a carreira. Decidiu cuidar exclusivamente da rede social que criou, a Researchgate, apelidada de “o Facebook dos cientistas”.
Em poucos meses de funcionamento, a empresa, com sede em Berlim e filial nos EUA, ganhou a adesão de 700 mil pessoas. A cada dia, a Researchgate recebe mais dois mil participantes, o que faz Madisch, de apenas 30 anos, sonhar com um crescimento parecido com o do Facebook, dentro dos limites de sua clientela – toda com alta formação acadêmica.
A maioria dos 700 mil integrantes da rede é de médicos, biólogos, químicos e físicos de EUA, Inglaterra e Alemanha. Do Brasil, há 25 mil cientistas, principalmente de São Paulo, Rio, Campinas, Curitiba, e Porto Alegre. Para Madisch, é questão de tempo a participação de cientistas de todas as partes do mundo, já que a rede ajuda a poupar recursos nas pesquisas.
Os pesquisadores podem, on line, receber de colegas do mundo inteiro informações sobre os seus trabalhos, inclusive os que não deram certo – e, assim, partir para algo novo, em vez de repetir o que já falhou em outro canto.
Maldisch vê ainda outra função na sua rede: - Com o Researchgate, a internet voltou a sua origem, pois ela surgiu como um meio de comunicação entre universidades e centros de pesquisas.
Embora seja uma rede para cientistas, qualquer um pode acessar o site
(www.researchgate.net), que é gratuito. Mas quem se registrar será depois submetido a um filtro, que revela se ele é realmente cientista.
Fonte: Caderno de Economia do jornal O Globo