Imagem: Getty Images |
Você se aproximaria de um tonel como esse? Provavelmente não. E isso acontece porque você já tem em seu arcabouço de imagens que este trifólio significa, de alguma forma, perigo.
O trifólio radioativo denota radiação ionizante ou a presença de materiais radioativos. Ele é o padrão internacional para alertar dos perigos relativos a exposição as radiações ionizantes. Tais radiações incluem radiações alfa, beta, gama (que são nucleares), raios x e campos de partículas (como em um acelerador de elétrons, por exemplo).
Este símbolo é padronizado (há regras para desenhá-lo corretamente) e reconhecido pela maior parte das agências regulatórias, tais como IAEA e CNEN. Muitas vezes ele pode aparecer com algum texto identificando o tipo de fonte, a radiação emitida e outrs informações relevantes. Por ser um símbolo oficial, deve-se respeitar a escala, cores e orientação da imagem - é muito comum encontrá-la invertida.
Este símbolo foi desenvolvido pela primeira vez em 1946 pelo Berkeley Radiation Laboratory da Universidade da California. Ele consistia em um trifólio magenta sobre um fundo azul. O pesquisador Nels Garden explicou o uso de tais cores em uma carta. Sobre este tom de magenta ele escreveu: "era distinta e não entra em conflito com qualquer código de cores que estávamos familiarizados. Outro fator a seu favor foi o seu custo... O alto custo vai dissuadir os outros de usar esta cor promiscuamente." Explicando o fundo azul, ele disse, "O uso de um fundo azul foi escolhida porque há muito pouca cor azul sendo usada na maioria das áreas onde o trabalho com material radioativo seria realizado."
Apesar da opinião contrária de Garden, a maioria dos trabalhadores sentiu que um fundo azul era uma má escolha. Azul não era para ser usado em sinais de alerta e ela desbota, especialmente em áreas externas. Sendo assim, o uso de amarelo foi padronizado pelo em Oak Ridge National Lab no início de 1948.
No final dos anos 50, o American National Standards Institute normalizou o símbolo com as cores preto e amarelo que conhecemos. A ideia é que o sinal se torna mais grave, mais sério e é aceito universalmente. Só devemos lembrar que as normas no Brasil falam somente do magenta.
Para saber mais:
www.depletedcranium.com e www.orau.org
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