Em minhas buscas pela internet, encontrei uma unidade de exposição às radiações ionizantes chamada BED (Banana equivalent dose). Isso mesmo...banana!!!! Essa excêntrica unidade, segundo o oráculo Wikipedia, é informalmente definida como a dose adicional que a pessoa vai absorver por comer uma banana. É sério!!!!
O conceito é baseado no fato de que as bananas, como maioria do materiais orgânicos, naturalmente contêm uma certa quantidade de radioisótopos , mesmo na ausência de qualquer tipo de poluição ou contaminação artificial. A dose equivalente de banana foi destinada a expressar a gravidade da exposição à radiação, como resultantes de energia nuclear, armas nucleares ou procedimentos médicos, em termos que fazem sentido (ou deveriam fazer) para a maioria das pessoas.
O conceito é baseado no fato de que as bananas, como maioria do materiais orgânicos, naturalmente contêm uma certa quantidade de radioisótopos , mesmo na ausência de qualquer tipo de poluição ou contaminação artificial. A dose equivalente de banana foi destinada a expressar a gravidade da exposição à radiação, como resultantes de energia nuclear, armas nucleares ou procedimentos médicos, em termos que fazem sentido (ou deveriam fazer) para a maioria das pessoas.
Por conta do 40K, as danadas são radioativas o suficiente para causar falsos alarmes em sensores detetores de material radioativo usados em portos. Mas de quanta dose absorvida de radiação estamos falando?
A unidade de dose de radiação costuma ser Sieverts (Sv), muito provavelmente, seu submúltiplo miliSievert (mSv), que é, por sinal, uma unidade relativamente grande. A ingestão diária de uma banana implica numa dose absorvida de 0,1 microSievert (µSv). Um total de 365 bananas num ano, uma por dia, te dariam uma dose de radiação de 36 µSv.
Trazendo para a prática: um raio-X de aeroporto te expõe a uma dose de 0,05 a 0,1 µSv. Desta forma, uma passagem de verificação no portão de embarque equivale a comer uma banana.
Já um raio-X dentário, do tipo panorâmico, te exporia a algo em torno de 20 µSv. Algo como comer umas 200 bananas ou passar 200 vezes no raio-X do aeroporto. Um raio-X do tórax já seria mais comprometedor, dando-lhe uma dosinha de “meros” 800 µSv, umas 8 mil bananas: seria como comer 22 destas por dia, durante um ano. Nossa, já enjoei! Claro, você nunca conseguirá comer bananas o suficiente para que seja perigoso, já que hora ou outra seu corpo cag... eliminaria o excesso de potássio.
Mas como se a “bananinha” que você enfrenta no portão de embarque de um aeroporto não fosse suficiente (e, realmente, é uma dose ínfima), um vôo intercontinental de umas 12 horas te exporia a cerca de uns 40 µSv, ou 400 destes scanners de raios-X. Isto acontece porque em altitude de vôo, existe uma exposição maior às radiações advindas do espaço a que todos os terráqueos estão diariamente expostos – além da maldita banana!
Na verdade, a cada ano recebemos o equivalente a 3,6 mSv de radiação do espaço, isto no nível do mar; a altitudes mais elevadas, estes valores crescem. Seria como comer quase 100 bananas por dia durante 1 ano, ou fazer 180 raios-X dentários panorâmicos.
Ok, para que vou usar isso? Faça as contas comigo: estima-se que uma dose absorvida de 10 mSv em um ano reduz a expectativa de vida de um ser humano em 51 dias, devido ao aumento do risco de se desenvolver câncer. Isto significa que a ingestão de 1 banana por dia, em um ano, reduzirá sua expectativa de vida em 1/5 de dia, ou 5 horas por cada 365 bananas ingeridas. Consumir 1 banana por dia durante um ano, somado à radiação que você receberá naturalmente do espaço ao decorrer desta voltinha ao redor do Sol, reduzirá sua expectativa de vida em quase 19 dias. #papai smurf, falta muito?
Para finalizar, o consumo de um cigarro aumenta seu risco de desenvolver câncer tanto quanto no caso da absorção de 70 µSv de radiação. Isto são 700 bananas, ou 2 por dia, num ano.
Diante de tantas opções, fica a seu cargo: fumar 1/700 de um cigarro, ou comer uma banana; expor-se aos 3,6 mSv anuais de radiação espacial ou isolar-se num abrigo nuclear à companhia de 51 cigarros, ou talvez 36 mil bananas. #toficandocommedo.com.br
Mas não é só em bananas que encontramos uma certa exposição, olha só esse vídeos mostrando contagens em um tipo específico de sal e em uma tigela de cerâmica. O tal sal é rico em cloreto de potássio, diferente do sal comum que é cloreto de sódio. E por conter uma grande quantidade de potássio, ele também pode apresentar uma leve radioatividade.
Olha só esta antiga tigelinha de cerâmica (Fiestaware) que continha uma camada colorida de óxido de urânio, e que não é mais comercializada por causa da alta radiação que podia apresentar.Já pensou comer nisso aí?
Fontes: