A internet é o meio mais fácil para pesquisar e obter informações para trabalhos, mas o estudante não pode copiar e colar o que está disponível na rede. Não há um dado específico que identifique quantos trabalhos e artigos científicos são plagiados nas universidades do Brasil. Quando a ação é detectada cada universidade toma uma medida diferente em relação ao caso.
Mas hoje já existe um programa para as universidades detectarem o plágio. O nome do produto é "Turnitin" (“Entreguem-nos” — referindo-se aos trabalhos) da empresa Systems. Para ser usado, a instituição de Ensino Superior (IES) precisa ter um convênio com a empresa e pagar um custo médio de quatro dólares por estudante.
Feito isso cada professor cria uma pasta para a classe e os estudantes enviam seus documentos em formatos Word, PDF ou HTML. A partir do momento que o documento está na plataforma, o sistema avalia a originalidade deste.
A comparação é baseada em três tipos de conteúdo. O programa tem no banco de dados mais de 90.000 títulos, entre livros e revistas. Além da revisão feita com milhões de páginas na web e a coleção com mais de 130 milhões de trabalhos de outros estudantes do mundo inteiro.
Quando a análise é completada os parágrafos plagiados aparecem coloridos. O sistema também gera uma porcentagem do quão original é o texto, já que ele também mostra as fontes que o estudante usou para escrevê-lo.
Acho o programa bem interessante, mas concordo com o Dr. Langdon Winner (professor de Ciência Política no Departamento de Estudos de Ciência e Tecnologia na Rensselaer Polytechnic Institute, Troy, Nova Iorque) que escreveu este delicioso artigo: os casos de plágio são perceptíveis quando há uma brusca mudança de estilo em um trabalho escrito por um estudante. De repente, o estilo do texto salta de um amador para um profissional experiente e tudo soa muito inexplicável, quando se conhece o aluno e suas limitações. Neste caso, acho mais vantajoso agendar uma conversa com o aluno, onde são apresentadas as suspeitas e pede-se explicações. Desse ponto em diante uma conversa pode acontecer, tratando dos usos do conhecimento e dos propósitos da educação. Em comparação, o programa TurnItIn simplesmente diz: “Te peguei!”.
Fontes:
P.S.: Acabo de descobrir que, com o novo acordo ortográfico, o 'c' da palavra detecção, não cai. Somente foram abolidos o 'c' e 'p' mudos, ou seja, aqueles que já não eram pronunciados (como exemplo, temos a palavra veredicto, que sempre foi pronunciada como veredito). Minhas desculpas a todos que corrigi neste sentido.
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