Um parque de oportunidades

sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Notícia publicada no caderno Boa Chance do jornal O Globo no dia 11/09/11.


Vista aérea do futuro pólo de pesquisa da UFRJ

Cinco mil empregos até 2015. Esta é a previsão da quantidade de vagas que serão abertas no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), complexo que está sendo erguido na Ilha do Fundão. Uma área de 350 mil metros quadrados já está recebendo os centros de pesquisa e tecnologia de grandes empresas, que apostam na proximidade com a universidade para desenvolver projetos de ponta em vários setores, como petróleo e gás, telecomunicações e siderurgia. Isso significa dizer que, nos próximos anos, haverá demanda por pesquisadores em diferentes níveis, especialmente mestres e doutores, e de áreas diversas, assim como por profissionais de formação técnica.
— Além do investimento em tecnologia e inovação, haverá como retorno para a sociedade um grande número de empregos altamente qualificados — diz Maurício Guedes, diretor-executivo do parque.
O complexo contará com 12 companhias de grande porte, como Siemens, Baker Hughes, Schlumberger, BG Group, Tenaris-Confab, FMC, Halliburton, Usiminas e General Electric (GE), entre outras, e 16 chamadas “empresas nascentes”, que fazem parte da incubadora da Coppe/UFRJ e desenvolvem projetos em setores variados. Sem contar com a Petrobras, cujo Centro de Pesquisas (Cenpes) não é administrado pelo Parque Tecnológico, mas fica na Ilha do Fundão.
— Teremos um sistema sustentável de conhecimento, formado por empresas de diferentes tamanhos e origens. Muitas delas fazem parte da cadeia produtiva de petróleo, mas não todas — afirma Guedes.
As áreas do conhecimento que mais devem precisar de mão de obra, segundo o diretor executivo, são matemática, física, química, geologia, biologia e informática. Mas haverá espaço para outras especialidades, como no caso da BG Brasil, que atua na exploração e produção de gás natural.
— A maior parte dos profissionais será de pesquisadores com nível de pós-graduação e experiência em geologia, geofísica, engenharia de reservatório, construção naval, transmissão e distribuição de gás, entre outras — explica Hugues Corrignan, diretor de tecnologia da BG Brasil, que deve inaugurar o Centro Global de Tecnologia em 2013. E, embora ainda não esteja instalada no parque, a BG já iniciou um processo seletivo para recrutar interessados em trabalhar no local. Siemens e GE, que só devem inaugurar
seus centros de pesquisa entre 2012 e 2013, também já estão recebendo currículos. Empresas menores
também vão contratar.
Não são só as “grandes” do Parque Tecnológico que abrirão boas oportunidades. A perspectiva de crescimento também atinge as “nascentes” e de menor porte, como a Pam Membranas, que começou as atividades na incubadora e, hoje, já ocupa um galpão na área principal do lugar.
— A expectativa é de precisar de mais pessoal até o ano que vem — diz Ronaldo Nóbrega, criador da tecnologia de membranas microfiltradoras, que podem ser usadas para o tratamento de água e efluentes.
João Carlos Ribeiro, da Inovax, que fornece soluções de telecomunicação, aguarda a transferência da sala na incubadora para um espaço maior no complexo.
— Aqui temos infraestrutura para ganhar competitividade. A demanda por tecnologia só cresce — afirma.


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Feito com ♥ por Lariz Santana