Resumão do congresso da ABFM

domingo, 12 de agosto de 2012
Bom, já que nossa profissão ainda não é regulamentada e a ABFM é a única associação que nos representa (estou falando aqui especificamente de físicos médicos, para os físicos em geral existe também a SBF), não estaria cometendo nenhuma gafe em dizer que o Congresso Nacional de Física Médica, promovido pela ABFM, é o mais importante do Brasil em nossa área. Sendo assim, era de se esperar que houvesse uma distribuição melhor dos temas durante o evento. 
Enfim, vou começar falando dos acertos. A organização estava impecável, tudo acontecia na hora certa, os funcionários da empresa que estava organizando estavam preparados e eram muito prestativos. Outro ponto super acertado foi a reunião com os estudantes. Por ser a primeira vez, creio que eles ficaram um pouco tímidos, mas foi uma excelente iniciativa que merece (e precisa) ser repetida em todos os próximos congressos.
Pensando agora na Medicina Nuclear, acredito que temos muito ainda a caminhar. Havia buracos na programação (e contraditoriamente, tivemos um horário com programação superposta), os trabalhos premiados foram majoritariamente de radioterapia. Sei que a Física Médica se estabeleceu pela radioterapia e o radiodiagnóstico e medicina nuclear vieram a reboque, mas não posso crer que não haja trabalhos relevantes e profissionais importantes nestas áreas. Isso porque nem estou falando em radiações não ionizantes e biomagnetismo, por exemplo. Talvez, como incentivo a participação heterogênea, a premiação pudesse ser obrigatoriamente segmentada: um prêmio para cada área.
Como saldo, fica um evento bem organizado, mas desequilibrado em suas palestras transparecendo  um certo descuido com áreas que enriquecem e fortalecem a nossa classe. Depois ainda se perguntam porque não houve inscritos para a prova de título de Medicina Nuclear.....

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Feito com ♥ por Lariz Santana